Cadeias produtivas locais de alimentos regenerativos e suas soluções para o clima

Em todo o mundo, os sistemas alimentares contribuem com até 29% de todas as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no planeta, resultando em graves impactos sobre a biodiversidade. Apenas no caso do gás metano, o setor é responsável por 44% das emissões globais. Ao mesmo tempo em que causam impactos, os sistemas alimentares podem oferecer soluções eficazes no enfrentamento das mudanças climáticas. Segundo o Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC), atividades agroflorestais, práticas agropecuárias de baixo-carbono ou regenerativas podem contribuir com a redução de até 10 Gt CO2e por ano até 2050, o que equivale a 20% das emissões antropogênicas.

NOSSA CAUSA

O consumo de alimentos agroecológicos, orgânicos e sem agrotóxicos não apenas é benéfico para a saúde, como também contribui para a valorização de práticas produtivas que contribuem para a desaceleração da crise climática.

Além disso, a escolha por esses alimentos também significa a valorização e a garantia do sustento da agricultura familiar e de populações tradicionais do campo.

Essas cadeias produtivas podem oferecer um contraponto viável a modelos hegemônicos baseados em competição, maximização de lucros e exploração da cadeia de fornecedores e dos trabalhadores envolvidos em todo o circuito que os alimentos percorrem da terra até a mesa do consumidor.

Em todo o mundo vêm surgindo iniciativas solidárias de comercialização que buscam maneiras inovadoras para democratizar o acesso à alimentação saudável, a qual reconhecem como um direito.

O QUE FAZEMOS

O projeto “Da Amazônia para Belém: fomento a sistemas locais de alimentos regenerativos”, realizado pelos institutos Fronteiras do Desenvolvimento e Regenera e apoiado pelo Instituto Clima e Sociedade, tem como objetivo compreender as principais cadeias de circulação de alimentos agroecológicos.

A iniciativa tem como propósito apresentar a sociobiodiversidade amazônica na capital paraense e estabelecer um processo participativo, junto a múltiplos atores locais, para a construção de um ecossistema que busque ampliar a oferta desses alimentos, assim como a demanda e o acesso democrático a eles.

PUBLICAÇÕES

Baixe agora os Guias com os principais achados do
Projeto da Amazônia para Belém: Fomento a Sistemas Locais de Alimentos Regenerativos

Oito Passos para Empreender em Sistemas Alimentares Regenerativos

Aprenda a comercializar, em escala, seus alimentos sem agrotóxicos - orgânicos, agroecológicos, em transição, ou oriundos de populações tradicionais - a partir do aprendizado adquirido em outras experiências bem sucedidas. O material vai te auxiliar no desenvolvimento de uma iniciativa de comercialização comprometida com práticas justas e transparentes em oito etapas que vão desde a formação do grupo, escolha do ponto comercial, até possibilidades de expansão da cadeia.

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Guia para Avaliação de Práticas para o Comércio Justo de Alimentos Agroecológicos

O material, elaborado no âmbito do Laboratório Da Amazônia para Belém, busca avaliar, por meio de um questionário, o nível de maturidade das organizações em relação à comercialização de alimentos agroecológicos. Ao longo das perguntas, o Guia apresenta alguns atributos essenciais para que iniciativas de comercialização de alimentos agroecológicos estejam alinhados às melhores práticas de comércio justo, transparente e responsável.

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Recomendações e Boas Práticas para a Comercialização de Alimentos Agroecológicos

Conheça as conclusões da pesquisa realizada entre 2021 e 2022 na cidade de Belém, que analisou condições mais favoráveis para a implementação de soluções de comércio justo e transparente de produtos agrícolas locais, saudáveis e sustentáveis. O trabalho identificou iniciativas que podem ser replicadas ou adaptadas por diversos formatos de comercialização em todo o país.

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Guia de Comunicação para a Comercialização Justa de Alimentos Agroecológicos

Saiba como a comunicação pode exercer um papel pedagógico junto aos consumidores, no sentido de promover a conscientização sobre maneiras mais éticas, sustentáveis e saudáveis para se relacionar com a comida. A publicação propõe um pequeno roteiro para uma estratégia de comunicação que não seja apenas eficiente, mas também que seja consistente e alinhada com o perfil das organizações de comércio justo.

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Sobre os autores

O Instituto Fronteiras do Desenvolvimento é uma organização da sociedade civil, que possui o propósito de contribuir para o desenvolvimento sustentável, por meio da reflexão e cocriação de conhecimento aplicado de fronteira que inspire o desenvolvimento do ser humano, assim como novos modelos de negócio, tecnologias, fluxos financeiros e ambientes institucionais. Mais informações: www.ifd.org.br

O Instituto Regenera é uma organização da sociedade civil, com o propósito de contribuir para o fortalecimento e a emergência de sistemas alimentares regenerativos, por meio da cocriação de conhecimento aplicado relacionado a práticas transparentes, justas, inclusivas e sustentáveis. Somos uma equipe multidisciplinar que alia know-how sobre o universo da alimentação e regeneração, com ferramentas e práticas de mercado. Mais informações: www.institutoregenera.org.br